Há 17 meses, o Governo de Pernambuco decretou, tendo em vista a crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19, o fechamento das arquibancadas dos palcos esportivos do estado. Entre eles, o estádio do Arruda – acostumado a receber grandes públicos, o Mundão foi a primeira praça futebolística a sediar, em março de 2020, uma partida sob os novos protocolos de saúde.
Desde então, foram protagonizados na casa do Santa Cruz embates a nível estadual, regional e nacional. Diante das tribunas gélidas, o desempenho do clube no estádio que já rendeu longas sequências de invencibilidade à Cobra Coral, no entanto, despencou.
Segundo dados levantados pelo historiador pernambucano Carlos Celso Cordeiro e atualizados pelo jornalista Cassio Zirpoli, até o decreto estabelecido no primeiro semestre de 2020, o Tricolor havia conquistado mais de 67% dos pontos disputados nas Repúblicas Independentes do Arruda.
Nos compromissos em casa após o fechamento dos estádios, porém, o rendimento desmoronou. Considerando as 23 partidas realizadas sob a organização da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – válidas por Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro -, o aproveitamento coral no Arruda atingiu nível pouco acima de 45%.
No recorte, entre 2020 e 2021, são oito vitórias, seis empates e nove derrotas. Dos resultados negativos, sete foram nesta temporada – nela, o Santa Cruz ainda não venceu em competições a nível regional e nacional. Na Série C do Campeonato Brasileiro, inclusive, os corais são donos da pior campanha em casa: com três pontos, é inferior à do Oeste, lanterna geral do torneio.
Do Esportes DP
